O campeão mundial de MotoGP de 2024, Jorge Martin, quer rescindir seu contrato de dois anos (2025-2026) com a Aprilia no final de 2025 para se juntar à Honda em 2026, citando uma cláusula de rescisão. Esta decisão, revelada pelo Motorsport.com em 12 de maio de 2025, abala o paddock e pode levar a uma ação legal, com a Aprilia permanecendo firme com um "sem comentários" e contestando a validade da cláusula. Aqui está uma análise das questões contratuais, contexto, perspectivas e ramificações para 2026.
Reviravolta dramática no paddock da MotoGP: Jorge Martinho, o atual campeão mundial, gostaria de rescindir seu contrato antecipadamente com Aprilia, assinado em junho passado para as temporadas de 2025 e 2026. A informação, considerada improvável há poucos dias, está se tornando cada vez mais clara nos bastidores.
A comitiva do piloto madrilenho, liderada por Alberto Valera, deseja ativar um cláusula de saída contido no contrato. Esta cláusula permitiria Martin ser dispensado do segundo ano se não atingisse uma determinada classificação na classificação geral após os seis primeiros Grandes Prêmios. Ouro, Martin atualmente está em 26º lugar com zero pontos, depois de perder quase toda a primeira metade da temporada devido a lesões.
Porém, do lado de Noale, o tom é firme: " Sem comentários ", mas tudo indica que a Aprilia exige o cumprimento integral do acordo. A situação é tanto mais complexa quanto Martin só conseguiu competir em um Grande Prêmio este ano, tornando qualquer avaliação esportiva irrelevante.
Desde os testes de inverno na Malásia, Martin acumula problemas físicos: queda no primeiro dia em Sepang, lesão no peito no motocross, depois fratura de onze costelas no Catar. Este início caótico de temporada não deu ao piloto nenhuma chance de se adaptar ao RS-GP ou de demonstrar seu verdadeiro nível.
Jorge Martin e Aprilia: rumo a uma batalha judicial que seria ruim para todo o MotoGP
Segundo diversas fontes, a gestão da Martin teria proposto adiar o prazo da cláusula até Grande Prêmio de Misano (setembro)mas Aprilia se recusaria a alterar os termos iniciais. Advogados de ambos os lados estão agora explorando vias legais para resolver o conflito, embora uma solução amigável ainda seja uma possibilidade.
O que deveria ser uma parceria ambiciosa entre um fabricante em ascensão e um campeão em busca de reconhecimento chegou a um fim abrupto. Martin foi retirado da escalação oficial por Ducati apesar de uma temporada excepcional, e Aprilia fez um esforço técnico e financeiro significativo para atraí-lo.
Mas lesões, falta de química com a moto e um clima que nunca encontrou equilíbrio transformaram esse projeto promissor em uma fonte de tensão. Jorge Martinho, mentalmente debilitado, não vê mais futuro nessa colaboração.
Nesse contexto, Honda aparece como a porta de saída lógica. Em plena reestruturação, com Aleix Espargaró (próximo a Martin) como piloto de testes, e que faria campanha ativamente para atraí-lo, a empresa japonesa parece pronta para receber o campeão – mas não tomará nenhuma medida enquanto o contrato com Aprilia não está resolvido.
O intervalo entre Martin et Aprilia parece inevitável e pode muito bem acabar em tribunal. Um novo episódio jurídico-desportivo está a aproximar-se, o que corre o risco de abalar ainda mais o paddock MotoGP já fervendo.