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Mídia da Liberdade

A aquisição da Dorna Sports, gestora do MotoGP, pela Liberty Media parecia uma formalidade, mas surgem dúvidas sobre se o negócio será concretizado. Embora a aquisição tenha recebido apoio inicial unânime, a Autoridade Europeia da Concorrência ainda não deu luz verde e as questões sobre um potencial monopólio estão a suscitar preocupações.

O principal receio é que, se Liberty Media, já detentor dos direitos sobre o Formule 1, também assumir o controle do MotoGP, poderá dominar o setor do automobilismo. Este controlo poderia ir contra os princípios de concorrência da União Europeia. Deputado Pascal Arimont também enviou uma carta à UE solicitando uma investigação aprofundada, levantando questões sobre a possibilidade de um monopólio de Mídia da Liberdade sobre esportes motorizados.

Na verdade, a Liberty não é apenas proprietária da F1, mas também da F2, F3, e controla indiretamente a Fórmula E através da sua empresa irmã, Liberty Global. Conforme Arimont, essa influência poderia limitar a competição, especialmente para equipes que desejam ingressar na F1.

Liberty Media: Poderá o sonho americano do MotoGP ser ameaçado pela Europa?

Mídia da Liberdade, por sua vez, sustenta que a aquisição está em conformidade com a regulamentação. A empresa garante que tem o tempo necessário para atender às demandas dos reguladores, ao contrário da compra apressada da F1 em 2017, que exigiu a venda de algumas ações para cumprir prazos. No entanto, persistem rumores de um possível colapso do acordo, alimentando especulações sobre o futuro do MotoGP.

Si regulamentação antitruste interviessem, isso poderia retardar as ambições de Liberty Media e introduzir mudanças inesperadas no cenário do automobilismo. A incerteza também poderá influenciar futuras parcerias, investimentos e estratégias de desenvolvimento para o MotoGP e F1, enquanto a UE continua a examinar as implicações desta potencial consolidação do mercado. Conhecendo a demanda por exame por Pascal Arimont, no Parlamento Europeu, já sabemos que o Comissário Europeu da Concorrência resposta num prazo máximo de seis semanas.

Pascal Arimont, eurodeputado