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A saída de Livio Suppo da gestão da equipa Honda Repsol foi apenas uma pequena surpresa, porque nem tudo ia bem entre o italiano e os seus patrões japoneses. Por outro lado, a nomeação para o substituir do antigo piloto do GP 500 Alberto Puig foi muito surpreendente na medida em que as suas competências e experiência são muito diferentes das de outros gestores de equipa como Davide Tardozzi, Massimo Meregalli, Pit Beirer ou Davide Brivio.

Poucas pessoas admitem isso prontamente, mas vários ficaram muito surpresos com a notícia da nomeação de Puig como técnico da equipe que contrata Marquez et Pedrosa, estimado Motoprint. Na verdade, ao longo dos anos no Campeonato Mundial, Puig não demonstrou exactamente, segundo os nossos colegas italianos, todas as qualidades que supostamente – supostamente – pertencem ao treinador da equipa mais poderosa do mundo. Esta posição pertence agora a um antigo piloto, enquanto anteriormente havia um mestre na condução da política do MotoGP, Lívio Supo.

O treinador piemontês poderia agradar ou não, mas ninguém poderia criticar as suas façanhas profissionais no MotoGP. Foi ele, por exemplo, quem trouxe a oferta da Bridgestone para a Ducati, quando a empresa de Bolonha decidiu correr no MotoGP.

Esta escolha, ainda segundo a Motosprint, deu vantagem à Ducati, implementada no ano do título de Casey Stoner, outra grande contratação de Suppo para a seleção italiana. Continuando com Stoner, Suppo também foi fundamental para trazer o australiano para a Honda, onde Casey conquistou o título na primeira tentativa.

Sem falar que Suppo estava no topo da equipe HRC quando Marc Márquez chegou à MotoGP, dando à Honda cinco anos incríveis. Por isso é preciso reconhecer os resultados indiscutíveis de Suppo, mesmo que a sua forma de gerir a equipe nem sempre tenha sido apreciada por todos.

Alberto Puig é o oposto do “político” Suppo. Alberto sempre preferiu a comunicação direta. Foi assim que sempre interpretou o papel de dirigente, desde que abandonou a carreira automobilística, decisão forçada por problemas físicos.

Com esse tipo de atitude, apareceu também como comentarista da televisão espanhola, onde também criticou Dani Pedrosa, de quem foi mentor e empresário. Seus diferentes pontos de vista não são sequer desconhecidos em relação Emílio Alzamora, mentor de Márquez, quando Alzamora era gerente da Honda na Moto3. Porém, apesar da falta de empatia dos actuais pilotos da HRC para com Puig, no Japão decidiram confiar a liderança da equipa a Alberto.

Em muitos países, é concedido um prazo de 100 dias a um político que assuma determinada posição antes de criticá-lo. Puig merece o mesmo tratamento, para provar que os que duvidam estão errados. Mas a impressão é que para gerir melhor a equipe HRC, Puig terá que mudar em vários aspectos. De referir que num discurso muito ligado à Honda, Alberto Puig repetiu várias vezes por ocasião da sua primeira entrevista como líder da equipa HRC que “ Uma pessoa não é suficiente para mudar uma estrutura como o CDH ". Surpreendente: como descreveria o efeito de Masao Furusawa na Yamaha e o que Shuhei Nakamoto teve na Honda, ou a influência de indivíduos como Casey Stoner e Marc Marquez? É precisamente a individualidade que tem feito a diferença num campo ultracompetitivo como o MotoGP. Além disso, onde estaria a Honda com sua grande tecnologia sem um piloto como Márquez?

Fotos © HRC, Repsol Honda, Asia Talent Cup

Fonte: motosprint.corrieredellosport.it © Conti Editore Srl

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