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Estreante na MotoGP, Álex Márquez fará sua estreia no Grande Prêmio do Catar, pela tradicional etapa inaugural do mundial. Com esta contratação, a Honda Repsol consegue contar com dois pilotos – mais dois irmãos – da formação espanhola. Mas o que você deve esperar?

Bem, no papel, para um monstro. Aliás, Álex Márquez já parece estar a dividir a multidão, sem sequer ter ajoelhado na pista. Mas hoje, quando olhamos para a questão, fica claro que o piloto impressiona. Recorde-se que este último já conquistou dois títulos mundiais: o primeiro em 2014, no final de uma temporada magnífica.

Este último consegue se livrar das garras de Jack Miller e Álex Rins, no final do suspense. Este título nos ensina duas coisas: ele é capaz de ser constante e rápido durante uma temporada inteira, ao mesmo tempo em que consegue manobrar em uma batalha a três. como parte de um resultado apertado.

 

Álex Márquez no Grande Prêmio da Inglaterra de 2013. Foto: Smudge 9000

 

Álex Márquez representa um paradoxo raro no nosso desporto. Na verdade, não impressiona tanto na pista, com velocidade pura dentro da norma. Mas este acaba de alcançar um verdadeiro tour de force: vencer na categoria pequeno e médio é difícil, até muito difícil. O último a conseguir esse feito? Seu irmão e companheiro de equipe, em 2010 e depois em 2012. Antes disso, temos que voltar a Dani Pedrosa (2003/2004) e depois ao craque Manuel Poggiali (2001/2003). Para o século 21, é isso. Álex Márquez sabe como vencer.

,Saiba como vencer' é um conceito, mas é necessário entender. Distinguimos entre os pilotos magníficos a quem falta aquele último ‘toque’, aquele último esforço para conquistar um título, e aqueles que friamente acumulam as coroações.

Isto é referido pelo termo americano 'gene de embreagem'. Este 'gene' permite caracterizar aqueles que atuam sob pressão, que produzem corridas sólidas quando é importante, quando estão em jogo grandes pontos. Pequeno exemplo para ilustrar: Em quem, de Álex Rins ou Álex Márquez, você vê o maior potencial?

 

Sempre andando de mãos dadas, os irmãos Márquez se enfrentarão no próximo ano. Os dois não deveriam dar presentes um ao outro… foto: Box Repsol

 

Muitos irão preferir a Suzuki oficial, esta última tendo conseguido expressar a sua velocidade natural em inúmeras ocasiões, em todas as categorias, graças a um estilo extravagante. Na verdade, porém, um perdeu dois campeonatos, o outro ganhou dois.

Este estatuto de estrangeiro permanente, de fome silenciosa, é uma enorme vantagem. Parece que o pequeno dos irmãos Márquez vai ser rápido, uma hora ou outra. Além disso, poderá se beneficiar dos sábios conselhos do irmão, que, lembre-se, exibe oito campeonatos em sua lareira.

Haverá quedas. Por outro lado, seu talento inegável pode realmente levá-lo ao topo da categoria rainha em poucos anos.

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