Devido aos percalços enfrentados pelos pilotos oficiais da Honda e seu companheiro de equipe Cal Crutchlow, Takaaki Nakagami viu-se promovido a único piloto de Tóquio a cruzar a linha de chegada do Grande Prêmio das Américas, em Austin.
O piloto da equipa LCR Honda Idemitsu fê-lo na 10.ª posição, depois de partir do 15.º lugar da grelha de partida, resultado globalmente pior que os obtidos nas duas rondas anteriores.
É preciso dizer que o desafio foi difícil para o piloto japonês frente aos seus colegas experientes, com sessões canceladas ou pouco produtivas na pista mais técnica da temporada onde a sua RC213V também sofreu com falta de aderência. Isto pode parecer indicar que, neste aspecto, as Hondas de fábrica e o seu braço oscilante de carbono progrediram bem.
Takaaaki Nakagami : “A largada não foi ruim, mas depois disso não tive a melhor linha na primeira curva porque segui o Jorge (Lorenzo), mas ele mudou repentinamente de linha e perdi minha posição. Portanto, não foi a melhor primeira volta e tive muita dificuldade em encontrar aderência e perdi outra posição. Demorei um pouco para encontrar o ritmo e ultrapassar o Zarco, depois o nosso ritmo não foi fantástico, mas também não foi tão mau. Apenas tentei ser consistente e manter o ritmo e, à nossa frente, houve alguns problemas e alguns pilotos caíram, e vi que a minha posição estava a melhorar. No final, poderia ter ficado em 8º, já que Pol (Espargaró) e (Francisco) Bagnaia estavam apenas um segundo à frente. Precisava de mais uma volta, mas não foi possível. No geral foi um fim de semana difícil para nós, mas terminamos entre os 10 primeiros, o que não é tão ruim. Agora estamos ansiosos por Jerez, onde fizemos um trabalho fantástico nos testes de inverno, e mal posso esperar para correr lá.”
Mas o mistério não reside aí.
É antes devido ao fato de que Takaaaki Nakagami continuou a aprovar novos motores desde o aquecimento do Grande Prêmio da Argentina.
Quase todos os outros pilotos homologaram 2 motores no Qatar e ainda os utilizam, com exceção de Francesco Bagnaia, Tito Rabat e Hafizh Syahrin que estão na sua 3ª unidade de potência, o que não tem consequências para o piloto Tech3 uma vez que a KTM beneficia de concessões, tal como a Aprilia, e portanto de 9 motores por piloto por temporada.
Este não é o caso da Honda e, portanto, Takaaki Nakagami, que possuem apenas 7, como Yamaha, Ducati e Suzuki.
Porém, além dos 2 motores iniciais, o nativo de Chiba utilizou um novo durante o aquecimento argentino, depois outro do TL1 em Austin. Para que ? Nenhuma comunicação ocorreu sobre o assunto.
De momento, nenhum motor foi retirado da sua atribuição e o piloto do LCR ainda tem 4 motores à sua disposição, mas o mistério permanece...
Classificação do Grande Prêmio das Américas de MotoGP em Austin :
Crédito de classificação: MotoGP. com