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Os direitos de transmissão do Grande Prêmio são vendidos separadamente em cada país, e é sempre aquele que oferece o maior valor que ganha, independentemente do número de espectadores.

Este princípio simples garante ao organizador do Campeonato Mundial o maior rendimento possível, o que faz sentido do ponto de vista económico. A Dorna pertence ao grupo financeiro Bridgepoint, cujo objetivo não é promover o motociclismo, mas sim maximizar o capital investido pelos seus acionistas.

Não há, portanto, nada a criticar a nível empresarial, mas a desvantagem do sistema é que o número de espectadores que assistem aos Grandes Prémios está em queda livre. No Reino Unido, por exemplo, a transmissão ocorreu na BBC sem criptografia, como acontecia anteriormente na França na TF1 (então com a Michelin como parceira), na France Télévisions e na M6, por sua vez. Depois veio o NT1 na TNT de 2009 a 2012, em paralelo com a transmissão paga no Eurosport, muito mais completa com os testes e as três corridas.

Do outro lado do Canal da Mancha, cerca de um milhão de pessoas assistiram aos GPs na BBC (gratuito) e no Eurosport (pago). Depois passamos para a transmissão ao vivo na BT Sport, com cerca de 200 mil espectadores, e um resumo na segunda-feira na ITV000 (cerca de 4 mil). Este último valor foi claramente insuficiente para satisfazer a ITV250, mas também a Dorna, que agora pode oferecer Cal Crutchlow, Scott Redding, Bradley Smith e Sam Lowes no campo do MotoGP. Além disso, a Dorna está a investir muito no desenvolvimento de futuros talentos britânicos com a British Talent Team, que contará com John McPhee na Moto000 este ano, para depois receber o vencedor da British Talent Cup, que terá início em 4.

Acaba de ser alcançado um novo acordo com o Canal 5 para a transmissão do MotoGP sem encriptação nas noites de segunda-feira, em horário nobre. Não seria este um exemplo a seguir pela França?