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Por ocasião do 65º aniversário da Yamaha, vamos relembrar seis pilotos que, em seis décadas diferentes, fizeram brilhar a marca do diapasão. Continuemos com a segunda parte sobre um dos fundadores dos tempos antigos: Phil Read.

Foi assim que o mundo descobriu a maravilhosa associação anglo-japonesa. O caráter e a sede de vitória foram sentidos novamente em 1965, quando Phil, auxiliado por seu companheiro de equipe canadense Mike Duff (agora Michelle Duff), arrasou nas 250cc. Seu talento parece ilimitado e sua obra ressoa como um daqueles mitos cuja existência não pode ser verificada. Mas os sucessos provam isso.

Existe uma história sem rivalidade? Mike Hailwood, em muitas ocasiões, foi o braço direito de Phil Read. Os duelos que os enfrentaram durante três anos foram titânicos e são considerados um dos mais grandiosos da história da disciplina. Em 1967, os dois homens chegaram a empatar em pontos nas 250cc. Mas a dura lei do esporte concedeu a coroa a “Mike the bike” com base no número de vitórias conquistadas.

Enquanto estes dois génios escreveram uma página lendária do nosso romance favorito, a Yamaha equipou-se com outras lâminas afiadas, como Bill Ivy. A armada era assustadora, inclusive ela mesma. Na verdade, foram os conflitos internos que perturbaram esta hegemonia. Para a temporada de 1968, a equipe decidiu dividir forças: Read se concentraria no título de 125cc, enquanto o Santo Graal de 250cc estaria ao alcance de Ivy. Naquele ano, os “diapasões” funcionaram nas duas categorias, e apenas uma poderia impedir a outra de ser campeã.

O lendário Read, aqui em Hockenheim em 1971.

Read, um especialista em 125cc, bateu o seu homólogo na ausência de Hailwood. Mas ele não gostou de ser questionado nas 250cc. Como grande competidor, decidiu não ceder um ponto ao adversário, principalmente na última corrida em Monza.. Depois de uma bela explicação, ele finalmente venceu nas duas categorias.

Isso não agradou à Yamaha, que decidiu lançá-lo no ano seguinte. Mas Read sabe que o material vencedor está com seu ex-time. Assim, decidiu andar com máquinas particulares nos anos seguintes, embora com menos sucesso. Ele ainda conseguiu conquistar um último título para a empresa nas 250cc em 1971. O sucesso da Yamaha é total, já que nesse mesmo ano nove motos da Hamamatsu compuseram o top 10.

Phil Read, de 1973, cortou definitivamente os laços com a sua antiga marca para conquistar dois títulos adicionais nas 500cc com a MV Agusta. Mas não podemos esquecer que foi este piloto genial que deu à Yamaha cinco títulos de piloto e que inegavelmente ajudou a desenvolver as máquinas que se tornaram, no final do período, referência em pequenas categorias. Sem dúvida, um não teria tido sucesso sem o outro; resumidamente, A Yamaha cortou e aperfeiçoou o diamante bruto que era Phil Read. 

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