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Por ocasião do 65º aniversário da Yamaha, vamos relembrar seis pilotos que, em seis décadas diferentes, fizeram brilhar a marca do diapasão. Aqui está a continuação da história dedicada a Teuvo Länsivuori, representante da década de 1970.

Graças a estes resultados convincentes, foi contactado pela Yamaha através do importador finlandês Arwidson. Isto leva claramente o finlandês a outra dimensão. Ele se junta ao amigo, também pilotando Yamahas do mesmo grupo. O destino não é incrível?

O início da temporada está a correr maravilhosamente bem para os dois ladrões, inscritos nas 250cc e 350cc. Enquanto Jarno brilha nas duas categorias, Teuvo tem um desempenho honroso e ainda consegue subir ao pódio na Alemanha, ao lado do amigo.

Depois vem o Grande Prêmio das Nações, em Monza. A saída, a queda de Renzo Pasolini. Gritos. O medo. A paralisação mundial. Dois grandes pilotos acabavam de deixar o mundo, provocando reações em todo o globo. Jarno Saarinen considerado uma futura lenda, sucumbiu aos ferimentos deixando sozinho o amigo com quem tudo começou. Embora a Yamaha tenha demonstrado todo o seu respeito pelos falecidos e pelas suas famílias, Länsivuori questionou-se. Uma parte dele tinha acabado de morrer, ali mesmo, diante de seus olhos. Por um tempo, ele entrou em um período sombrio e considerou seriamente acabar com todas as formas de competição. E daí? Por que não tentar honrar a memória do seu amigo?

A atípica Yamaha YZR500 OW20 usada pelo finlandês em 1974.

Com uma determinação pouco credível, ele decide terminar a temporada permanecendo leal à Yamaha. Ele era um homem diferente daquele momento em diante. Vitória na Bélgica, República Tcheca, Suécia independente da categoria: ele está concorrendo a algo maior.

Mas chega uma rodada como nenhuma outra. A de Imatra, na Finlândia, onde tudo começou. Teuvo deixa suas emoções de lado e voa para uma das vitórias mais simbólicas da história dos Grandes Prémios. Todos o apoiam, incluindo Dieter Braun, vencedor de um título que ele poderia ter dispensado. Um momento cheio de emoções como poucos durante o épico da Yamaha. “Tepi” terminou em segundo lugar nos dois campeonatos em que participou, pontuando esta época negra com um bom registo estatístico.

Livre do peso, voltou a correr nos anos seguintes e conseguiu acumular bons resultados pela Yamaha. Em 1974, chegou a ficar em terceiro lugar no campeonato de 500cc. Posteriormente, ele decidiu seguir para o apogeu da Suzuki nas 500cc, continuando a ter bom desempenho apesar da mudança de máquina. Mas os seus seis anos de serviço bom e leal, aliados a uma extraordinária história fraterna, fazem dele uma personagem à parte na história da Yamaha.

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