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Mais uma vez, é com total franqueza que Paolo Simoncelli resume a temporada difícil que os seus dois pilotos, Tatsuki Suzuki e Niccolò Antonelli, acabam de realizar. As palavras às vezes são duras e cortantes, mas sempre realistas. Esperemos que Lorenzo Fellon cumpra os seus objectivos no próximo ano...


Finalmente, este ano instável chegou ao fim.
Lamento dizer “finalmente” por vários motivos; antes de tudo para você, porque vi seu desespero nas redes sociais quando você escreve “Nãooo! O último fim de semana de corridas, como vou passar os outros? E depois porque sei que devemos estar gratos apesar de tudo, porque este grande circo que é o MotoGP conseguiu continuar e devemos agradecer à Dorna que geriu perfeitamente os fios e o levou até ao fim.

Mas devo dizer “finalmente” para nós, porque chegar à sua conclusão, nesta situação de desconforto, é cansativo: dois testes por semana, viajar nos dias obrigatórios por vezes demorando dez horas a chegar a Espanha (porque havia cada vez menos voos), permanecem confinados no hotel durante os três dias entre as corridas de quarentena. Mas também pela nossa história. Todos os nossos ambiciosos planos viraram fumaça, não alcançamos nada do que havíamos planejado quando, no início, apostei em nós. Quando penso nisso, fico com raiva e, psicologicamente, somando tudo, criou uma situação estressante.

Depois de um início brilhante, com três pole positions na cola de Tatsuki, tudo desmoronou aqui mesmo em Misano com o pulso partido até chegarmos a Portimão com três quedas consecutivas atrás de nós (nem sempre por causa dele). Com Niccolò tudo correu ao contrário, primeiro fora de forma, depois no final, terminando com o melhor desempenho da temporada. Porém, em ambos os casos não é o que esperávamos. Ficamos impressionados com um desempenho incolor.

Depois de Portimão, devíamos ter ido a Jerez para testar e conhecer melhor o nosso novo piloto Fellon, mas depois da corrida de domingo, pareceu-me que a temporada estava definitivamente terminada, e que tínhamos que desligar a tomada para regressar ao Casa.

Gostaria de parabenizar Tony Arbolino que cresceu conosco desde 2014, quando tinha apenas um metro de altura. Ele estreou conosco no Mundial de 2017 e estou feliz com seu sucesso. Sempre o chamei de “artista” de motociclismo, sempre soube que ele era promissor. Outro dos nossos ex-pilotos, Yari Montella, também fará a sua estreia na Moto2 em 2021, o que me deixa orgulhoso do trabalho que estamos a fazer com estes jovens.

Além disso, para este ano, chegou ao fim esse espetáculo itinerante e imprevisível e, com ele, a temporada 2020.
Já estamos trabalhando para a próxima temporada, e o novo calendário provisório de 2021 acaba de ser divulgado, esperando que tudo volte ao normal. A velha e simples normalidade, com o paddock caótico, despertado por um entusiasmo imenso depois de um ano de ausência, os espaços de hospitalidade cheios de gente e as bancadas tão barulhentas e tão cheias da sua gente.
Ainda estamos sonhando? Claro ! Neste difícil ano de 2020, SONHAR é a única coisa que ninguém nos pode tirar.

-PaoloSic58-

 

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