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“RIP Legenda.” A homenagem de fabio quartararo O “Rei do Futebol” é tão sóbrio quanto o do piloto brasileiro Alex Barros, que também postou no Instagram um retrato de Pelé acompanhado de um comovente “Eterno”. O mundo do esporte como um todo presta homenagem a Edson Arantes Do Nascimento, mais conhecido como Pelé, que morreu no dia 29 de dezembro de câncer aos 82 anos, menos de um mês após o término da Copa do Mundo de futebol no Catar, onde seu nome ressoou muitas vezes.

 

Não há dúvida de que Fabio Quartararo não perdeu nem um pouco da edição de 2022 de um Mundial que excepcionalmente decorreu após o encerramento do campeonato de MotoGP e cuja final decorreu a poucos passos do circuito de Losail onde venceu o primeiro. das cinco vitórias que o levaram ao título mundial, em 2021. Os dois titãs do futebol que se enfrentaram no dia 18 de dezembro de 2022 para construir sua lenda nos passos de Pelé, Fabio Quartararo o conhecem bem. Recém-saídos do título mundial, os Niçois deram o pontapé inicial fictício do encontro entre a sua cidade natal e o PSG, o clube do seu coração, ao fazer um passe para Lionel Messi. Com Kylian Mbappé, Quartararo mantém laços ainda mais estreitos, tendo-lhe oferecido e autografado um capacete durante o treino no Parc des Princes.

 

 

Os dois prodígios franceses já haviam se trocado nas redes sociais, após a comemoração de Fabio durante sua segunda vitória de MotoGP no circuito de Jerez, referindo-se diretamente ao famoso cruzamento de braços que Mbappé realiza após seus gols. Para sua primeira vitória na categoria rainha, Quartararo optou por comemorar outro de seus ídolos do futebol, Neymar, com o dedo na boca. O brasileiro obviamente também prestou uma homenagem vibrante ao Rei Pelé: “ Antes de Pelé, “10” era apenas um número. Li essa frase em algum lugar, em algum momento da minha vida. Mas esta bela frase está incompleta. Eu diria que antes do Pelé o futebol era só um esporte. Pelé mudou tudo. Ele transformou o futebol em arte, em entretenimento. Deu voz aos pobres, aos negros e sobretudo deu visibilidade ao Brasil. O futebol e o Brasil elevaram seu status graças ao Rei! Ele se foi, mas sua magia permanecerá. Pelé é ETERNO! »

 

 

Um número 10 também usado por outra lenda do futebol, falecida há dois anos, e a quem o mundo do desporto e, portanto, do motociclismo também prestou homenagem, Diego Maradona. O Deus do futebol argentino tinha uma relação especial com Valentino Rossi, que vestiu a camisa ladeada pelo número 10 no pódio do Grande Prêmio da Argentina, conquistado em 2015.

 

 

Maradona foi ao paddock de MotoGP no circuito de Misano para apoiar o amigo Valentino. “ Ciao o mágico do baile » publicou Rossi durante o desaparecimento do “Pibe del Oro” em novembro de 2020. Um ano depois, para a última corrida da longa carreira de Rossi no circuito de Valência, um convidado surpresa veio cumprimentar a lenda do MotoGP... Uma lenda em si já que era o brasileiro Ronaldo, também fervoroso torcedor de Valentino e que já havia visitado o camarote de Rossi.

 

 

Um encontro que se seguiu a numerosos encontros entre dois atletas "ultra-rápidos", nomeadamente em 1998, quando o futebolista estava no auge da glória enquanto aquele que ainda se autodenominava Rossifumi tinha conquistado apenas um dos nove títulos mundiais que conquistou na sua carreira. Naquele ano, o Brasil perdeu para a França de Zidane na final da Copa do Mundo e uma série limitada de Cagiva foi até produzida na França. Oito anos depois, o mesmo Zidane perdeu os nervos e a Copa do Mundo contra Materazzi e Itália, e os torcedores franceses de Valentino gritaram quando este vestiu a camisa da Squadra Azzura ladeada pelo número 23 do carrasco de Zizou no pódio do Grande Prêmio da Alemanha que ele acabara de vencer em agosto de 2006.

 

Privada da Copa do Mundo de Futebol em 2022 (como em 2018...), a Itália consolou-se o melhor que pôde com diversas iniciativas, nomeadamente a organização de um jogo de futebol reunindo pilotos de Grande Prémio à margem do evento de Misano, em agosto. 31. Foi assim que vimos a equipe de San Marino liderada por Enea Bastianini e treinada por Pecco Bagnaia enfrentar em campo a equipe da Riviera di Rimini de Maverick Viñales e Franco Morbidelli. Este último venceu a partida por 6 gols a 2, mas notamos a boa atuação do francês Johann Zarco, artilheiro de San Marino em que Jorge Lorenzo vestiu… o número 1.

 

 

Se a iniciativa foi apoiada e difundida pela organizadora dos Grandes Prémios, a Dorna, e se o motoball é uma competição oficialmente reconhecida pelas federações de motociclismo cujo princípio consiste em colocar uma (enorme) bola em gaiolas de acordo com regras baseadas no futebol, é difícil imaginar algo diferente dos órgãos dirigentes do futebol que organizam corridas de motociclismo. Ela mal aceita que pilotos do calibre de Marc Márquez (grande torcedor do FC Barcelona diante do eterno) façam um burn-out no recinto do estádio do RB Leipzig através de um patrocinador que dá asas.

 

 

A prática de veículos motorizados de duas rodas é hoje proibida na maioria dos contratos celebrados por jogadores profissionais de futebol, da mesma forma que o esqui, ainda que este beneficie de maior tolerância. O guarda-redes do Real Madrid, Iker Casillas, foi multado em 2014 por ter sido apanhado a conduzir uma Vespa nas ruas de Madrid...

Já se foi a época de ouro em que Pelé aparecia como musa da Honda para divulgar a CG 125, que a marca japonesa se preparava para produzir em sua fábrica brasileira em Manaus, hoje gigantesca.

 

 

Corria o ano de 1976 e Pelé havia respondido ao convite do próprio Soichiro Honda, o que deu origem a um encontro histórico entre dois monstros sagrados, no final de 74. Uma época em que os jogadores de futebol não eram constrangidos e podiam agir e movimentar-se à vontade. O dinheiro flui livremente no mundo do futebol hoje, mas isso acontece ao custo de uma certa liberdade. “ E nem iria querer um tesouro a esse preço » diz Mestre Lobo ao cachorro da fábula, falando da coleira que envolve seu pescoço...

 


 

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