Ao participar do Grande Prêmio da Áustria como parte de um evento clássico, Casey Stoner não mediu palavras ao discutir o formato Sprint e seu impacto no esporte. O ex-bicampeão mundial faz uma análise detalhada do formato introduzido em 2023, expressando preocupação com o ritmo imposto aos pilotos e a perda de importância técnica do fim de semana da MotoGP.
Stoner primeiro compartilha a visão dos observadores sobre o aumento dos perigos: "Há muitos argumentos para dizer que não está funcionando. Não há mais tempo para treinar. Não há mais tempo para realmente preparar a moto para a corrida, porque todos estão apenas tentando fazer o melhor tempo possível para entrar no grid."
Segundo ele, antigamente os pilotos podiam se concentrar na preparação para a corrida, na escolha dos pneus e no gerenciamento da máquina. Quando tivemos um pouco mais de tempo, trabalhamos bastante na moto para o fim de semana, especialmente para a corrida. Mas é um campeonato mundial: não deveria ser apenas uma corrida divertida com pontos em disputa e depois uma corrida principal. Não, a corrida é a verdadeira. É a que importa. É longa por um motivo.
Stoner denuncia o estresse constante dos pilotos de MotoGP
Casey Stoner lamenta esse desenvolvimento que, segundo ele, distorce a essência do MotoGP e prejudica a qualidade do espetáculo: Você realmente precisa ajustar bem a moto, entender se consegue segurar com um pneu macio ou se é melhor optar por um duro, mesmo que seja mais lento. Há tantos parâmetros a serem considerados. Hoje, todo mundo está apenas pressionando pelo tempo da volta. É por isso que vemos algumas pessoas com dificuldades na corrida para se manterem próximas, porque não tiveram tempo de ajustar a moto para a longa distância. O fim de semana inteiro se torna extremamente estressante, cada sessão conta e só serve para avançar para a próxima etapa. Na minha opinião, essa não é a melhor coisa a se fazer.
Para Stoner, as virtudes técnicas e estratégicas da disciplina estão sendo apagadas sob a pressão de um formato muito rígido, ditado pelo espetáculo, mas não propício à excelência esportiva.





























