Jack Miller tem muito em jogo na temporada de 2025. Retornando ao paddock da MotoGP com um contrato de um ano com a Yamaha e sua equipe irmã, a Pramac, o australiano de 30 anos sabe que cada ponto conta se quiser estender sua aventura na categoria rainha para além desta temporada. Mas um incidente em um Grande Prêmio recente já teria selado seu destino. Eis o porquê.
Desde sua estreia na Yamaha YZR-M1, moleiro mostrou que ele não estava ali para ser uma figura decorativa. Com 52 pontos acumulados em 12 Grandes Prêmios, ele é atualmente o segundo piloto Yamaha mais bem classificado, atrás fabio quartararo e seus 102 pontos. Uma performance honrosa para um piloto em processo de redescoberta, após anos em outras máquinas mais agressivas.
Mas, apesar desses esforços, seu futuro permanece incerto. Yamaha ainda não confirmou sua recondução dentro Pramac para 2026. O motivo? O momento. O prazo contratual para decidir entre ele e seu companheiro de equipe ainda não chegou. Miguel Oliveira. E acima de tudo, a chegada de Toprak Razgatlioglu na MotoGP com Yamaha em 2026 adiciona pressão adicional à dupla atual.
Mas um episódio parece pesar bastante na balança: o Grande Prêmio da França em Le Mans.
Le Mans 2025: A vitória perdida que mudaria tudo para Jack Miller
Neste domingo de maio, Jack Miller estava em posição ideal para oferecer Yamaha sua primeira vitória em mais de dois anos. Enquanto 13 pilotos, Marc Marquez incluído, saiu do pit lane para trocar para pneus slick, o australiano decidiu continuar com pneus de chuva, confiando na previsão do tempo. Uma aposta arriscada, mas justa: a chuva chegou na terceira volta.
moleiro estava liderando a corrida. Johann zarco foi relegado a dez segundos. Mas na sexta volta, tudo desmoronou. Na última curva, moleiro é vítima de um highside e cai. Fim da corrida. Fim de um sonho de vitória. E talvez o início de um esfriamento das relações com Yamaha.
Porque desde então, a equipe Pramac não esconde sua frustração. Segundo Peter Bom, consultor MotoGP" A equipe ainda o culpa por isso... Eles o lembram disso todos os dias. » Esta vitória perdida continua a ser uma pedra no sapato do piloto australiano, que não vence desde Motegi em 2022, quando pilotou por Ducati.
Jack Miller provou que continua sendo um piloto capaz de brilhar. Mas seu futuro agora dependerá de muito mais do que apenas sua velocidade: ele terá que convencer Yamaha que pode entregar resultados... e consistência. A fabricante japonesa não vence um Grande Prêmio desde Sachsenring de 2022. Cada oportunidade perdida conta em dobro.
No MotoGP do próximo ano, as vagas serão escassas. E se Pramac decidiu apostar em Miguel Oliveira, mais regular, mas menos extravagante, moleiro poderia ficar sem guidão.
O resto da temporada dirá se Jack Miller pode transformar suas promessas em garantias. Enquanto isso, o tempo está passando — e cada curva pode ser a última chance.