pub

Márquez vence Misano depois de um duelo inimaginável e não vencido de antemão com Quartararo, no processo, o catalão entra na lenda... Bate, todos os motores combinados, o recorde de 76 vitórias de Mike Hailwood, o que é um belo sinal de destino, permaneceu invicto durante o GP da Inglaterra, em Silverstone…

Imprima a legenda… Esta é a frase mais conhecida e comovente do filme cult cult “ O homem que matou Liberty Valance » (1962, John Ford, com John Wayne, James Stewart e Lee Marvin). Exatamente " Este é o oeste, senhor, quando a lenda se tornar fato, imprima a lenda »… Estamos no oeste senhor, quando a lenda ultrapassa a realidade, imprimimos a lenda…

Porém, na verdade, Quartararo quase entrou para a história, como um cavaleiro corajoso e extremamente talentoso. Márquez admitiu, num momento que durou muito tempo, achou que não conseguiria.

Fábio lutou até o fim, num duelo fenomenal com o espantalho moderno da MotoGP. Poderia entrar para a história dos raríssimos franceses que venceram nas 500cc (Monneret, Sarron, Laconi), ainda não há nenhum no MotoGP… Isso fica para depois, o Fábio continua na história, o Márquez entrou para a lenda…

Márquez não precisava de vencer, sabia que os seus dois seguidores na classificação geral, Dovizioso e Rins estavam respetivamente no dache e na gravilha…

Aliás, aqui vão algumas informações que você não viu em lugar nenhum, o tratamento feito no asfalto de Misano para melhorar a aderência na chuva, que tanto incomodava as Ducatis no seco, consiste em atrelar o asfalto. O verdadeiro nome desta operação é “ reclassificação », que também se faz em auto-estradas muito suaves, nada a ver com o meu post sobre a corrida mas queria mostrar um pouco e liguei para alguns amigos que constroem auto-estradas…

Ok, então o Márquez não precisa vencer e eu não tenho uma história aí, pelo menos não essa. Tenho um jovem francês cheio de talento que conseguiu vencer o melhor piloto do mundo na melhor moto de fábrica, isso é outra história... o que não aconteceu. Eu acreditei, porém, dane-se o que eu acreditei...

Márquez é Márquez, antes de mais nada deixar a vitória para Quartararo significaria livrar-se do jovem francês, a quem ele teme mais do que os outros, ele já disse isso repetidas vezes. Você também pode atrasar a iniciação na adrenalina libertadora da vitória...

Aí, quando um cara resiste assim, um herói já velho se envolve no jogo, ainda quer dizer para si mesmo que lutou com prazer, mas acima de tudo que ganhou o invencível.

Então entendemos caras como Rossi…

Em suma, como no filme acima mencionado, o herói Márquez reescreveu a sua história, aquela que não era suposto vencer e que não era obrigado a vencer...

Imprima a legenda!

Há outro facto lendário que sem dúvida passou mais despercebido, mas que provoca arrepios num país e num circuito repleto de história do motociclismo italiano.

A Moto3 é vencida pela muito jovem japonesa Suzuki… que corre pela Sic…

A Sic é a equipa criada pelo pai de Marco Simoncelli, um jovem piloto italiano incrivelmente talentoso que morreu em 2011 em Sepang. Seu apelido era " Sic »… O circuito de Misano decidiu acrescentar ao seu nome o deste herói italiano que morreu cedo demais. E no circuito Marco Simoncelli, a equipa Simoncelli venceu a Moto3. Um consolo para um país humilhado neste fim de semana, sem vitória italiana, enquanto em 2018 Dovizioso venceu a MotoGP, Bagnaia a Moto2, Dalla Porta a Moto3.

E uma emoção muito grande. É o Japão quem vence a corrida, é um grande herói italiano que está no centro das atenções...

Imprima a legenda!

De resto, se não conhece este filme, que vergonha... Volto a vê-lo duas ou três vezes por ano... e cada vez é a mesma felicidade... Até breve em Aragão...