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Já no ano passado, o Grande Prémio de França em Le Mans destacou-se pelo número recorde de quedas durante a temporada de 2020, cerca de uma centena no total, muito à frente de Barcelona (64), Misano (61) e Valência (61). Claro, isto não teve nada a ver com o traçado do circuito francês ou com a sua superfície recentemente recapeada, mas estava directamente ligado ao facto de o circuito Bugatti ter acolhido as únicas corridas do ano declaradas WET.

A culpa foi, portanto, do clima que, por azar ou por questão de data, decidiu usar este ano os mesmos tons de cinza e umidade.

As mesmas causas muitas vezes produzem os mesmos efeitos, tivemos uma sensação clara desde sexta-feira que Le Mans iria mais uma vez se destacar em termos de contusões entre os pilotos e contas de carenagem entre as equipes...

Na verdade, nada menos que 44 quedas foram registradas na noite de sexta-feira, face aos 38 do ano passado, e sem contar os sofridos na MotoE e na Northern Talent Cup. Estas perdas de controlo foram distribuídas entre 21 para a Moto3, 13 para a Moto2 e 10 para o MotoGP.

Sábado então viu 33 quedas, incluindo 18 na Moto3, 6 na Moto2 e 9 na MotoGP.

Aí, sentíamos que a marca dos 100 alcançados no ano passado ia ser ultrapassada, já que a previsão meteorológica não previa qualquer melhoria. E foi esse o caso, com nada menos que 40 quedas no domingo, distribuídos entre 12 na Moto3, 17 na Moto2 e 11 na MotoGP.

No total, Le Mans ouviu, portanto, o ruído desagradável mas característico das carenagens no asfalto 117 vezes, em comparação com 67 em Jerez, 47 em Portimão, 37 no Qatar 1 e 27 no Qatar 2.

Para tentar evitar isto, fala-se regularmente em trocar o Grande Prémio de França e o Grande Prémio de Itália em Mugello, duas semanas depois, mas o mérito desta ideia não foi comprovado e até ao momento isso não parece estar de acordo com os tempos...

Hoje em dia, Aleix Espargaró, Pol Espargaró e Álex Márquez partilham o triste recorde de acidentes no MotoGP este ano com 7 unidades cada, um número ultrapassado em um degrau por Héctor Garzo na Moto2 e apenas abordado o mais próximo possível por cinco pilotos na Moto3, Niccolò Antonelli, Xavier Artigas, Andi Farid Izdihar, Tatsuki Suzuki e Kaito Toba.

Crédito da foto: MotoGP.com