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Sem circuito, organizar uma corrida é impossível. Surgidos no final do século XIX, os percursos permanentes reservados às corridas desenvolveram-se bastante tarde. Durante muito tempo, os circuitos rodoviários foram uma legião, mesmo ao mais alto nível. Em mais de 70 anos de existência, o campeonato mundial de motociclismo de velocidade passou por um número impressionante de circuitos, às vezes por apenas uma edição. Juntos, vamos tentar nomear os dez circuitos mais importantes da história do campeonato.

As regras de seleção bem como as menções honrosas estão explicadas no primeira parte, encontrada aqui.

Agora vamos ao cerne da questão, com o décimo lugar:


Nº 10: Spa-Francorchamps

É uma pena que o lendário circuito da Valónia já não esteja no calendário. Porém, durante muitos anos, Spa foi um ponto de encontro imperdível.

É importante ressaltar isso, porque é importante: Spa-Francorchamps participou do primeiríssimo campeonato mundial de velocidade de motociclismo, em 1949. Isso prova que na época o percurso era mais do que respeitado, muito mais longo do que atualmente ( quatorze quilômetros).

Sem dúvida uma – senão a – rota mais bonita do mundo, simplesmente. Ele permaneceu no calendário até 1979, antes de ser temporariamente substituído por Zolder em 1980, culpa de um desastre sem precedentes: a qualidade do asfalto, recentemente substituído devido à redução do percurso para sete quilômetros.

Isto levou a uma revolta por parte dos pilotos, Kenny Roberts et Virgínia Ferrari na sua mente. Este episódio dará origem a um artigo à parte, pois foi uma das pedras fundadoras do campeonato que hoje conhecemos.

Após o incidente de 1979 – quem vive Dennis Irlanda vencendo na ausência de todos os tenores – e o fracasso de 1980 em Zolder, um circuito muito menor e tortuoso, o mundo regressou a Spa em 1981. Lá foi disputado até 1990, depois nada mais.

Bernie Ecclestone, sempre em busca do menor centavo, encerrou indiretamente o Grande Prêmio da Bélgica. Com 40 participações no calendário, Spa continua sendo um circuito icônico para os motociclistas, e sonhamos em ver o Trimestral e outros Oliveira escalar novamente o Raidillon de l’Eau Rouge. Estamos desejando o melhor.


Nº 9: Monza

O Templo da Velocidade era obrigatório. Foto: ITVF1

Permanecemos no mito com a nona posição. O “templo da velocidade” sediou o Grande Prêmio da Itália, inicialmente conhecido como Grands Prix des Nations 27 vezes desde 1949 (temporada original) no 1987.

Competido por Imola, Monza soube perfeitamente encantar os fãs com velocidades extraordinárias. O fim de semana foi uma festa como nenhuma outra, com muitos fãs. A beleza natural do circuito só é igualada pelos diversos acontecimentos históricos que ali aconteceram.

Como não mencionar o trágico desaparecimento de Jarno Saarinen e Renzo Pasolini em 1973, que deixou sua marca na história do nosso esporte? Como não falar dessas batalhas entre fabricantes italianos, que ganharam vida em terras milanesas? A vitória de Eric Saul na Chevallier-Yamaha em 1981? Impossível.

Monza, é muito importante, é muito grande, muito rápido, muito bonito. É quase religioso.

A alma de Saarinen repousa em Monza. Para a eternidade. Uma perda trágica para o esporte. Foto: Busto de Saarinen em Turku (Finlândia), Bougnatophile.



Isso é tudo por hoje ! Até amanhã para os lugares 8 e 7 deste ranking.

 

Foto da capa: René Bongard

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