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É um refrão bem conhecido que ouvimos há vários meses.. Fabio Quartararo, vice-campeão mundial de 2022, estava realmente sozinho contra oito? Pecco Bagnaia se beneficiou muito dos companheiros na busca pelo título? Juntos, vamos analisar o fenômeno em vários pontos. Recorde-se que estes artigos não reflectem a opinião da equipa editorial, mas apenas a do autor.

I) Muitas Ducatis?

Não passou despercebido, havia muitas Ducatis no grid, oito para ser mais preciso, divididas em quatro equipes. O esquadrão era composto por cinco GP22 e três GP21, mesmo que estas designações não tenham em conta as alterações introduzidas durante o ano. Assim, tudo sugere que Pecca Bagnaia, em particular, tinha um híbrido com as melhores qualidades de ambas as safras.

É claro que é uma máquina muito boa. Concluímos, no final da temporada de 2021, que foi sem dúvida uma das melhores de MotoGP de todos os tempos. O ano de 2022 reforça esse pensamento. O que Gigi Dall'Igna e a sua equipa conseguiram é magistral, numa era em que todos podem vencer. Na verdade, não podemos culpar muito a Ducati; este é o primeiro ponto deste estudo.

 

Além de estarem nas mesmas máquinas, os pilotos italianos do VR46 cresceram, em sua maioria, juntos. Foto: Michelin Motorsport

 

Certamente, há muitos deles, mas como lhes é oferecida a oportunidade de contratar tantos, por que não aproveitariam a oportunidade? A Yamaha, que ficará sem equipe satélite no próximo ano, só precisa fazer o mesmo. Além disso, só podemos ver as melhorias e inovações feitas pela empresa italiana ao longo de mais de 10 anos. Hoje, nenhuma marca se sai melhor no set. Apesar da dominação (12 vitórias este ano), a Ducati nunca para de procurar o próximo avanço significativo que fará a diferença, antes de ser copiada por outros e assim por diante. “Não odeie os jogadores, odeie o jogo” como diz um provérbio bem conhecido do outro lado do Atlântico.

II) Um contra oito?

Agora que esta introdução óbvia, mas necessária, foi eliminada, vamos abordar a verdadeira questão. Quartararo estava sozinho contra Bagnaia e outras oito máquinas?

Duas verdades podem coexistir. Sim, Quartararo estava sozinho. Claro que sim. É mais difícil lutar pelo título quando um companheiro não consegue intervir e tirar pontos do adversário. Reconheça que esta afirmação é mais senso comum do que uma análise aprofundada. Morbidamente, Dovizioso, Muleta et Pasta Darryn não consegui subir nenhuma vez no 7 primeiros.

 

Bezzecchi atrás de Bagnaia em Phillip Island. Dobrará, não dobrará? Foto: Michelin Motorsport

 

Mas isso não significa que Bagnaia estava cercado por um exército de guardas prontos para defendê-lo contra a inimiga Yamaha.. Em primeiro lugar, nunca houve oito Ducatis contra “El Diablo”. Fabio DiGiannantonio, piloto da Gresini, nunca “ajudou” Pecco de uma forma ou de outra. O italiano conta 13 resultados brancos (quedas e rounds completados sem pontos combinados) em 20 corridas, aponta para o 20e lugar no geral, e cruzou a meta em 8º, na melhor das hipóteses, durante o Grande Prêmio da Alemanha. Ainda terminando atrás do Fabio, nem é preciso dizer.

As outras sete Ducatis permanecem. Quando estudamos caso a caso, não é mais óbvio. Marco Bezzucci não ultrapassou Bagnaia na Austrália, é verdade. Mas no geral, ele não foi mais rápido que o futuro campeão mundial na corrida, que poderia rivalizar com Rins em termos de velocidade. A única ajuda comprovada é a de Johann Zarco na Tailândia. Sim, ao não atacar a Ducati oficial no molhado, Bagnaia teve uma clara vantagem de três pontos no campeonato. Isso é indiscutível e já mencionamos isso durante uma análise. Porém, os demais não fizeram nenhum favor a Pecco.

Mas veremos isso amanhã! Você encontrará, às 20h30, a continuação e o final desta análise. Você acha que o campeão mundial de 2022 se beneficiou da ajuda dos demais pilotos que compartilharam sua máquina? Conte-nos nos comentários, tudo será lido e debatido.

 

A personalidade discreta de Pecco não ajudou. No momento, ele não encarna a imagem do grande campeão carismático, embora o seja. Mas isso pode acontecer ao longo dos anos. Foto: Michelin Motorsport

Foto: Michelin Motorsport