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Como sempre, o paddock de competição de velocidade está repleto de rumores, muitos dos quais chegam naturalmente aos nossos ouvidos...

Escondemos a maior parte deles, quer por cláusula de confidencialidade, quer por falta de elementos que nos permitam pensar que não são boatos, mas também acontece que vários elementos aparentemente difusos se sobrepõem e, dessa vez, nós avisamos você, com o condicional estrito.

Porém, desta vez é mais que um boato, provavelmente uma informação ainda não oficializada.


 O cancelamento do Grande Prémio do Cazaquistão representa um grande problema para a Dorna Sports, promotora do campeonato de MotoGP.

Com efeito, no seu desejo de popularizar cada vez mais as corridas de motos de velocidade, o que consegue perfeitamente como pudemos ver com o número recorde absoluto de espectadores no fim de semana passado em Le Mans, Carmelo Ezpeleta pouco aprecio ocancelamento do Grande Prêmio do Cazaquistão o que quebra uma bela dinâmica ascendente com um mês de julho agora desprovido de quaisquer acontecimentos.

E antes de mais nada, por que foi agendado um Grande Prêmio no Cazaquistão em julho? A resposta a esta questão é muito simples: porque foi o único organizador, sem dúvida em grande parte financiado pelo Estado em causa, que concordou em organizar um Grande Prémio em Julho, período em que grande parte da população está de férias.

Pergunta subsidiária, porque não substituir o Cazaquistão por Aragón, que neste momento já não está no calendário do campeonato de MotoGP? A resposta é dupla, por um lado porque o organizador do Grande Prémio de Aragón não quer particularmente correr o risco financeiro de um GP em Julho no deserto espanhol, por outro lado porque Aragón poderá ser muito útil no final de Setembro, caso a Índia entre em default…

As más línguas poderiam dizer que a Dorna Sports só teve que traçar o tríptico de corridas consecutivas Itália-Alemanha-Holanda que terá início no dia 11 de junho, mas isso é um pouco de compreensão dos imperativos de finalizar o calendário da temporada, que deve se adaptar a tanto a da F1 como a dos organizadores dos circuitos e Grandes Prémios…

Encontramo-nos assim com um mês de Julho desprovido de qualquer concorrência, o que despertou o interesse do FOS, o seleto Festival of Speed que acontece em Goodwood de 13 a 16 de julho. Aí, embora haja uma “corrida de montanha”, já não se fala de competição mas sim de demonstração, entre uma taça de champanhe e uma olhadela às cotações da bolsa…

O Festival de Velocidade contactou assim a Dorna Sports para convidar todas as equipas de MotoGP a virem partilhar o elegante palco do Duque de Richmond e junte-se às principais atrações de lá, ou seja, Sebastian Vetteeu, bem como as equipes de F1 Ferrari, Mercedes-AMG, McLaren e Williams.

Inicialmente, a maioria das equipas de MotoGP estavam interessadas na ideia, mas algumas parecem agora estar à beira de desistir, face aos custos envolvidos e à dificuldade de encontrar alojamento na zona rural de Sussex.

Até o momento, não sabemos a lista precisa de equipes e pilotos que substituirão Valentino Rossi, convidado de honra em 2015 e 2020, mas de acordo com as nossas informações ainda deverá estar bastante cheio, tendo as equipas de MotoGP de se deslocar a Silverstone três semanas depois para o recomeço após as férias de verão, o que, do ponto de vista logístico, apenas as limita a encontrar um local de armazenamento seguro para seus caminhões.

No berço da F1, isso não deveria ser um grande problema...

Para quem gostaria de ir até lá, não confunda com o Goodwood Revival, de 8 a 10 de setembro, muito mais focado no passado…