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Após o anúncio de que a australiana Sharni Pinfold havia parado de competir devido à misoginia (voir ici), a Federação Internacional de Motociclismo publicou esta manhã um comunicado de imprensa, do qual aqui está a tradução para o francês.


A FIM está a acompanhar de perto a situação após a declaração feita nas redes sociais pela australiana Sharni Pinfold, que suscitou fortes emoções na comunidade do motociclismo. A igualdade de género é um valor fundamental para a FIM, que se esforça constantemente para garantir o bem-estar de todos os pilotos e partes interessadas. A FIM ficou chocada com esta notícia e leva muito a sério a declaração da Sra. Pinfold. A FIM e a Federação Australiana de Motociclismo têm mantido contacto próximo com o jovem motociclista no sentido de compreender os factos que levaram Sharni a tal desânimo. Gostaríamos de enfatizar que Sharni Pinfold pode contar com o apoio incondicional da FIM para superar esta provação.

A FIM recorda que a prática do motociclismo está aberta a todos sem discriminação e condena qualquer forma de comportamento contrário a estes valores. Qualquer forma de discriminação baseada em motivos políticos, religiosos, sexuais ou raciais nunca será tolerada. Desde 2006, a Comissão Feminina de Motociclismo da FIM (CFM) tem trabalhado arduamente para criar oportunidades iguais e promover a igualdade de tratamento para as mulheres que participam em atividades relacionadas com motocicletas.

“A FIM não aceita qualquer forma de discriminação contra os nossos motociclistas, independentemente do sexo. Somos uma família de motociclistas, todos são bem vindos. Nenhum comentário ou ação inapropriada ou perturbadora será tolerada. Nosso objetivo é apoiar todos os motociclistas e permitir que eles persigam seus sonhos e mantenham sua motivação elevada. A Comissão Feminina de Motociclismo da FIM, juntamente com a FIM e as suas partes interessadas, continua a trabalhar arduamente para melhorar a igualdade de género no nosso desporto a todos os níveis”, concluiu o diretor do CFM, Sra..

Sra. adicionado : " Ao vivenciar o que vivi durante a minha própria jornada, minha esperança é poder contribuir para a conscientização sobre o tratamento desrespeitoso e misógino das mulheres. Eu realmente espero poder promover as melhorias necessárias em toda a indústria de motocicletas e em todos os setores onde as mulheres são tratadas de forma diferente. Não sou só eu, há muitas outras mulheres que foram mal tratadas e, por isso, espero poder capacitar outras pessoas para que conheçam a importância e o valor da autoestima.
Seria fácil para mim sentar-me e apontar o dedo aos responsáveis, mas penso que a verdadeira força é determinada pela forma como reagimos. Não estou aqui para ser uma vítima, estou aqui para defender o que é certo e estender essa mensagem a todas as mulheres. Estou grato à FIM pelo seu apoio e pelas medidas que tomou, com um foco claro na igualdade para todos. É isso que defendemos. »