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Sabemos que o RS-GP que conhecemos na sua forma atual sobreviveu. No próximo ano, uma moto totalmente nova fará as suas primeiras rondas, sendo a modificação mais importante um novo motor V4 de 90° em substituição do V4 de 72° que equipa as motos de Aleix Espargaró e Andrea Iannone que data de 2016.

A Aprilia irá assim juntar-se à arquitetura escolhida pela Honda e KTM, e Jan Witteveen, ex-designer de motores da Aprilia, explica o porquê no site Semana rápida : “Um ângulo de cilindro de 90 graus é a solução ideal, porque lhe dá a oportunidade de tornar a área de admissão mais ideal. Em primeiro lugar, você pode tornar os coletores de admissão mais ideais e melhor posicionados. Segundo, você pode usar uma caixa de ar com mais volume. Todo o motor pode ser mais compacto. Com um ângulo de cilindro inferior a 90 graus é necessário fazer concessões na área de admissão. A caixa de ar fica então menor e, portanto, tem menor eficiência de admissão. A vazão também é menor. É por isso que está claro há muito tempo: 90 graus é a melhor solução hoje. Você consegue um preenchimento melhor. Desde abril de 2016, a Aprilia tinha um ângulo de cilindro de 72 graus no MotoGP (60 no Superbike). Mas é claro: 80 graus é melhor que 72. E 85 graus faz mais sentido do que 72. E 90 graus é considerado ideal. A Honda ainda tinha um ângulo de inclinação de 92 graus. Para que o motor não ficasse muito longo, a Honda passou a utilizar bielas mais curtas, o que trouxe ainda mais desvantagens. »

Enquanto esperamos para descobrir esta nova funcionalidade no teste de Sepang em fevereiro, vamos dar uma última olhada no belo RS-GP 2019 tal como apareceu durante o teste em Valência.

Se a moto de 2019 vai juntar-se em breve ao museu, a Aprilia aproveitou o teste de Valência para liderar o mesmo trabalho realizado pela Ducati nas diferentes rigidezes do pneu traseiro e do braço oscilante.
O RS-GP ainda foi equipado com uma espécie de engate de reboque para fixar um terceiro laser no eixo da motocicleta.

Sem ter certeza absoluta, também pensamos ter visto placas no garfo permitindo a fixação de outros lasers.

De resto, a moto já é bastante conhecida e pouco mudou ao longo do ano, o que não impede que seja um prazer para os olhos!
Assim como na Suzuki, o quadro é interessante porque possui pés de montagem do motor removíveis, o que permite variar a rigidez.

Um braço oscilante não perfurado estava presente em uma das motos de teste de Bradley Smith...

 

Braço normal…

Curiosamente, também notaremos o uso de radiadores elétricos para aquecer o óleo do motor antes de ligar o V4…

Bem como o “dispositivo Holeshot” no garfo…

De referir ainda o aparecimento em Jerez de um guarda-lamas utilizando o conceito inaugurado pela Ducati com “canalizadores de ar” na parte inferior do volante…

 

A moto de 2020 será desenvolvida por alguns novos recrutas de várias origens: Paolo Biasio (ex-Ducati) para o motor, Elena De Cia (ex-Suzuki) para a eletrônica, Marco de Luca (ex-Ferrari) para a aerodinâmica e Stefano Romeo (ex-Ferrari) para operação eletrônica.

 

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