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Isto não vai durar porque, depois da Argentina, os Grandes Prémios acontecerão a cada 15 dias, mas o interlúdio entre as 2 primeiras jornadas da temporada 2018 permite-nos regressar com calma aos equipamentos utilizados durante o Grande Prémio do Qatar.

Depois Honda e sua opção “totalmente em carbono”, concentremo-nos portanto na Yamaha, onde podemos notar a priori 3 configurações bastante diferentes.

O caso mais simples é o deHafiz Syahrin dentro da equipe Tech3. O piloto malaio tem uma motocicleta 2016 em sua configuração padrão (reconhecível pelo selim levemente truncado) e um motor 2016 igualmente padrão. A única pequena “melhoria” consiste na carenagem “bico de pato 2017” que nunca se mostrou muito eficaz no apoio mas, por outro lado, perde um bom punhado de quilómetros por hora em linha recta. Pense bem, quando você ver os primeiros resultados obtidos pelo “Pescão”…

Johann zarco também tem um chassi de 2016, mas isso é notavelmente melhorado pelo conjunto sela-tanque de 2017, um motor com 500 rpm a mais e a mesma aerodinâmica da equipe oficial. É, portanto, um verdadeiro passo em relação ao ano passado, ainda que os motores da equipa oficial ainda sejam um pouco mais potentes.

Na Yamaha Movistar, temos portanto um novo motor diferente do de 2016 (e não apenas na sua velocidade máxima). Oficialmente estamos usando uma base de chassis de 2016, mas também vemos a presença do conjunto sela-tanque de 2017, como aconteceu com Johann Zarco. E como a aerodinâmica é a mesma, as motos oficiais são externamente muito próximas das do piloto da Tech3, deixando de lado o garfo de carbono.

No entanto, durante o Grande Prémio do Qatar, também pudemos ver que Valentino Rossi preferimos usar o enorme braço oscilante que carinhosamente apelidamos de “Big Mama” e que Johann Zarco não possui. O piloto italiano foi então imitado por Maverick Viñales, e os 2 pilotos da equipe oficial o utilizaram na corrida, enquanto no ano passado, no mesmo local, apenas Maverick Vinales o escolheu para o Grande Prêmio.

Este braço reforçado, aclamado por Jorge Lorenzo e abordado com cautela por Valentino Rossi em 2016, não oferece uma vantagem sistemática, mas pode ser interessante dependendo da configuração disponível da pista dos pneus. Na época, o Doutor disse dele: “O braço oscilante da Yamaha funciona mais ou menos da mesma maneira. Tenta melhorar a estabilidade em aceleração e também dá mais aderência, mas no passado quando mudámos o braço oscilante senti mais diferença. »

A última vez que este grande braço oscilante foi visto foi na Áustria, em agosto de 2017.

No lado direito, o braço do V2016 (Big Mama) 2 é bem maior com o furo escondido pela placa de carbono movido para baixo. Ele não tem mais o formato chanfrado na parte inferior/frontal.

Do lado esquerdo, podemos notar que o braço oscilante “Big Mama” é tão maior que engloba o eixo de retorno da suspensão e que, para desmontá-lo, tivemos que criar uma abertura no braço…

Por fim, na foto da capa, veremos claro que Maverick Vinales preferiu rodar na corrida sem barbatanas e com garfo de alumínio, o que significa que as 4 Yamahas estavam todas numa configuração diferente...

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