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Pelo que podemos observar do pit lane, que é necessariamente muito limitado, a Honda RC213V de Marc Márquez é sem dúvida o MotoGP que mais evoluiu no último ano.

Podemos julgar pela lista de elementos modificados ao longo do tempo, porque embora externamente a Honda ainda pareça a mesma, é na verdade uma motocicleta completamente nova em relação a 2017 que tem Marc Marquez:
– Motor (ultrapassado no Big Bang em 2017) ainda significativamente mais potente em 2019,
– Quadro completamente reformulado em 2019 para integrar uma passagem de ar central em vez disso dos dois dutos laterais,
- Braço oscilante de carbono desde o final de 2017,
– Vários elementos aerodinâmicos,
– Duto de resfriamento da pinça traseira desde 2018,
- Etc.

Nos últimos meses, vimos o aparecimento de um quadro coberto de carbono, um spoiler de braço oscilante e, no Red Bull Ring, novos para-lamas dianteiros.

E não é sem dúvida nenhuma coincidência que Marc Márquez tenha utilizado quase todas as soluções técnicas mais recentes à sua disposição para tentar vencer num circuito que continua a ser domínio da Ducati. E quase funcionou...

1/ O quadro de carbono.

Surgida pelas mãos de Stefan Bradl em Jerez, esta solução já foi utilizada pela Ducati e Suzuki (e muito recentemente pela Aprilia) porque permite variar as diferentes rigidezes de um quadro sem ter que refabricar um novo elemento de cada vez. Porém, a adoção da entrada de ar central pela Honda exige, sem dúvida, um trabalho nessa área, sem sequer falar do eterno problema de sensação do eixo dianteiro enfrentado pelos motoristas da marca com logo alado.

 

Podemos notar que as soleiras laterais têm uma nervura sob o carbono, à semelhança do que a Aprilia fez na altura em que dominava os 2 tempos. Utilizando o princípio da chapa ondulada, esta nervura endurece o elemento em questão. A nossa hipótese, com base na nervura presente, é que este quadro talvez seja um pouco mais rígido na travagem, e sem dúvida da mesma rigidez (ou até menos) nas curvas.

Isto explicaria porque Marc Márquez o utilizou pela primeira vez na pista austríaca precisamente cortada, consistindo essencialmente em travagens bruscas e acelerações.

Como qualquer componente novo, Marc Márquez disse que tem alguns aspectos positivos e outros nem tanto.

Se a nossa hipótese for válida (ha, ha, ha!), ela não deveria, logicamente, ser usada na corrida de Silverstone, mesmo que a Honda planeje compará-la novamente na antiga base da Força Aérea Real. Continua, portanto…

2/ As novas barbatanas.

Pronto, estamos nos “poillièmes”…
As barbatanas “Star Wars” foram ampliadas longitudinalmente, assim como os pequenos biplanos laterais.

Compare com a bicicleta de Bradl…

 

3/ O spoiler do braço oscilante.
Agora um elemento clássico do arsenal aerodinâmico, Marc Marquez usou-o pela primeira vez em corridas na Áustria.

Marc Márquez usou, portanto, tudo o que estava à sua disposição pela primeira vez para tentar vencer Andrea Dovizioso nesta pista austríaca em particular.

Bem, sejamos honestos, quase tudo, porque, como as Ducatis por um tempo, Stefan Bradl tentei em Brno uma caixa colocada sob o encosto do banco para acomodar uma massa bem na parte traseira da motocicleta...

Ver o que Marc Márquez irá utilizar em Silverstone será portanto interessante e sem dúvida nos ensinará um pouco mais detalhadamente sobre a funcionalidade de cada elemento, ainda que o campeão espanhol admita facilmente que “A “colher” existe para dar suporte durante a frenagem. Isso foi uma pequena ajuda. Os novos elementos aerodinâmicos existem apenas para contrariar o cavalinho, e isso foi outra pequena ajuda. É por isso que pudemos ficar com Dovi. Em relação ao chassis ainda tínhamos algumas dúvidas mas a partir de sexta-feira foi muito bom porque tem pontos muito positivos. Ele também tem pontos fracos, mas neste circuito o positivo superou o negativo.”

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