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E se, depois de bater todos os recordes femininos no Mundial, Ana Carrasco desse o golpe final ao se tornar a primeira mulher a conquistar um título mundial? Ela é, estatisticamente, a melhor colocada entre seus adversários para conseguir isso quando retomarem em dois meses.


Forçada a abandonar o Mundial de Moto3 no final da temporada de 2015, a carreira de Ana Carrasco parecia muito comprometida naquela altura. Quem imaginaria que menos de três anos depois ela estaria na disputa para ser campeã mundial?

É preciso dizer que a piloto espanhola nunca desistiu e conseguiu vencer onde menos se esperava. Chegando ao Mundial de Supersport 300 em 2017, ela terminou em décimo na primeira corrida, já mostrando seu potencial. Avançando discretamente ao longo da temporada, revelou-se durante o Grande Prémio de Portugal, em Setembro passado, que venceu com maestria, tornando-se na primeira mulher a vencer um Grande Prémio Mundial.

Depois de terminar em oitavo no campeonato, ela começou a temporada de 2018 em sexto e depois quarto lugar em Aragão e Assen, antes de mais uma vez fazer história em Imola e depois em Donington. Conquistou assim, na pista italiana, a primeira pole position da sua carreira e continuou a escrever história ao tornar-se não só a primeira mulher a fazê-lo num Campeonato do Mundo, mas também a primeira mulher a liderar um Campeonato do Mundo graças a a vitória que conquistou no dia seguinte, na corrida.

Duas semanas depois, ela alcançou uma dobradinha histórica no circuito inglês ao conquistar mais uma vez a pole position e vencer o Grande Prêmio pela segunda vez consecutiva! Além disso, tornou-se a primeira piloto do Campeonato Supersport 300 a acumular pole position, vitória, volta mais rápida na corrida e toda a liderança no mesmo fim de semana.

Apesar de ter enfrentado corridas mais complicadas em Brno, no início de Junho, e em Misano, este fim-de-semana, e não conseguindo fazer melhor que o 11º e o 10º, Ana Carrasco ainda lidera o Campeonato e mantém uma vantagem de dezasseis pontos sobre a sua primeira perseguidora. Embora estatisticamente ainda existam muitos pilotos que podem levar o título, o piloto da Kawasaki é o melhor colocado. Além de ser líder, o próximo Grande Prémio também terá lugar no circuito de Portimão, em Portugal, mesmo local onde conquistou a primeira vitória no ano passado. Ela é, portanto, muito forte lá e extremamente determinada.

Se conseguisse esse feito, se tornaria a primeira mulher a conquistar o título de campeã mundial, o recorde máximo. Porém, teremos que esperar a retomada do campeonato após as férias de verão, no dia 14 de setembro.