A China e os EUA, cujas relações estão atualmente tensas, para dizer o mínimo, por causa de Taiwan, concordam em pelo menos um ponto: as motocicletas devem ser destruídas!

Bem, ok, nem todas as motocicletas já que no país do Tio Sam é apenas uma encenação midiática do prefeito de Nova York, Eric Adams, para erradicar 92 motocicletas confiscadas em junho passado às gangues motorizadas que regularmente invadem a cidade com motos de motocross ou quadriciclos, geralmente roubadas e sem seguro. O fenómeno infelizmente foi exportado para fora dos EUA e, quem sabe, talvez um dia vejamos o mesmo tipo de manifestação em França...

Na China, a história é completamente diferente, já que as motocicletas transmitem uma imagem de pobreza rural que as autoridades decidiram banir das grandes cidades. Paradoxal, para dizer o mínimo, num país onde centenas de fabricantes produzem o melhor e o pior em milhões de unidades! É certo que a tolerância por parte da polícia é limitada em certas zonas ditas cinzentas, o que ainda não acontece no que diz respeito à aplicação da lei do desmantelamento automático de qualquer motociclo que tenha ultrapassado os 13 anos ou os 100 quilómetros.

De ano para ano, a comunidade motociclista chinesa espera a abolição ou ajustamento desta lei inicialmente criada face à baixa qualidade da produção local. Hoje, este já não é o caso de todos os fabricantes chineses, a começar por aqueles que, como CF Moto e Zontes, exportam para se estabelecerem no mercado externo para competir com a produção europeia e japonesa, mas a lei ainda é relevante na China.

Nem estamos falando do mercado de colecionadores que surfam na onda vintage, florescente no Ocidente e no Japão, inexistente na terra do muro...