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Aleix Espargaró de MotoGP

Não podia faltar: durante o Grande Prémio Solidário de Barcelona, ​​Aleix Espargaró ajudou bastante o amigo Jorge Martin na corrida pelo título de MotoGP. Seja na qualificação ou na corrida principal, ele fez o possível para proteger o campeão mundial. Surge então uma questão bastante interessante: é sério? Ele realmente teve influência no resultado final? Isso é o que veremos.

 

Memória curta

 

Vou bater o pé, sem demora. Muitos sabem que considero Aleix Espargaró um grande piloto, sem dúvida um dos melhores do século XXI no MotoGP. Além disso, daqui a alguns dias irei homenageá-lo, pois já está aposentado – oficialmente, pelo menos. No entanto, achei o comportamento dele bastante baixo, e beirando o antidesportivo.

Resumindo, além de sugar Jorge Martin na classificação, tentou ajudá-lo na corrida, colocando-se no volante. No início do fim de semana, ele disse aos jornalistas queele faria todo o possível para ver Jorge Martin sagrar-se campeão na noite de domingo.

 

Aleix Espargaró de MotoGP

Aleix não largou a cauda de Martin durante todo o fim de semana... e ele continua no Twitter! Foto: Michelin Motorsport

 

Algo está me incomodando profundamente. Se novamente Aleix Espargaró estivesse no Petit Poucet em cada corrida decisiva, isso não seria um problema para mim. Mas aí, Jorge Martin não precisou de ajuda, ele estava 19 pontos à frente quando iniciou a corrida de domingo! É ridículo, e o “Martinator”, como um grande campeão, nunca pediu ajuda a ninguém. No final, Aleix perdeu a pole position e ficou à frente de Martin no grid, que, como sabemos, nunca é tão forte como quando anda sozinho.

Então, fazer tal declaração antes do fim de semana deveria ter alertado as mais altas autoridades, porque poderia ter sido prejudicial. O que teria acontecido se Espargaró – vencedor do Sprint aqui no início do ano – se tivesse encontrado, na última volta da corrida, lado a lado com Bagnaia num cenário em que uma vitória deste último o coroava? Ele o teria colocado no chão “com premeditação”?

Isso não é tudo. O que me incomodou foi que Aleix Espargaró mudou a sua filosofia dependendo de quem estava à sua frente. Não esqueci que em 2015 ele foi o único que tentou segurar Valentino Rossi durante sua recuperação do último lugar em Valência. Danilo Petrucci, por sua vez, deixou passar completamente “O Doutor”, o que não foi mais honroso do que o que Espargaró fez em Barcelona.

 

 

Esta influência em corridas decisivas me incomoda profundamente, porque Martin não precisava de ajuda para sair dessa. Este tipo de comportamento não é penalizado porque só em casos raros assume uma dimensão mais grave... mas estou curioso para saber o que teria pensado a direcção da prova se Espargaró tivesse colocado Bagnaia no chão enquanto avisava o mundo inteiro.

 

Funcionou?

 

Agora, devemos perdoá-lo? Afinal, ele pesou na balança? Não, acho que não. Primeiro, na qualificação – onde era mais óbvio, Martin não se destacou, e acho que ele poderia ter se saído tão bem sozinho. Um quarto lugar no grid não lhe garantiu uma boa largada e Bagnaia fez a pole, então nada sério. Então, durante o GP, vimos ele defender Bastianini, que queria voltar para Martin o mais rápido possível não para ajudar Bagnaia, mas para ficar com o terceiro lugar no campeonato. Enea falhou e, claro, foi rápido em falar da sua aversão pelas manobras de Espargaró durante a corrida. Neste ponto, acho difícil apoiar “Bestia”.

Primeiro, porque Espargaró nunca incomodou Bastianini. Se o espectador não conhecesse as amizades e os antecedentes, nunca teria suspeitado que Espargaró estava protegendo Martin. Foi firme, mas dentro das regras. Depois, Bastianini errou, caindo na classificação. Depois, ele não conseguiu mais seguir Alex Márquez. Estou disposto a que Aleix conheça bem a pista, mas Bastianini, na Ducati mais eficiente de todos os tempos, deveria ter facilmente se livrado de Espargaró no final da corrida. No final, o italiano ficou em sétimo, longe da liderança. É portanto impossível acusar o responsável da Aprilia de ter arruinado a sua última saída com a Ducati.

 

Aleix Espargaró de MotoGP

Bastianini falhou sozinho, nos piores momentos. Foto: Michelin Motorsport

 

Conclusão

 

Felizmente para o seu imenso legado no MotoGP, Aleix Espargaró não fez nada imoral em Barcelona. Sim, ele deu uma aspiração no Q2, mas outros o fizeram antes dele, e por motivos muito menos grandiosos que a amizade (lembre-se de Maverick Vinales e Rossi em Mugello em 2016). Dito isto, a ideia básica é o desejo de proteger alguém definitivamente mais forte que ele, mesmo que isso signifique sacrificar sua última corrida para casa. parece desnecessário e muito tendencioso para mim. Digamos que no final ele se saiu bem.

Estou curioso para saber o que você achou da atuação de Aleix Espargaró no Barcelona. Conte-me nos comentários!

Lembramos que este artigo reflete apenas o pensamento de seu autor, e não de toda a equipe editorial.

 

Aleix Espargaró sai com honras. Foto: Michelin Motorsport

 

Foto da capa: Michelin Motorsport

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