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O início de sua carreira jonas folger portanto, sugeriu um enorme potencial, porém a ser confirmado ver parte 1

O alemão já não é o mesmo homem depois de conquistar a primeira vitória na carreira, durante o Grande Prémio de Inglaterra de 2011, categoria 125cc. Infelizmente, bons desempenhos não equivalem a grandes orçamentos. Na Moto3, ele terá que se contentar com um Ioda pouco competitivo… para o início da temporada.

A saída de Alberto Moncayo por Jorge Martinez permite a Folger beneficiar de uma Kalex – KTM muito eficiente. Não precisou de mais: subiu ao pódio na sua primeira corrida na sua nova estrutura e venceu a ronda seguinte. Uma verdadeira demonstração.

Foi, portanto, mencionada uma mudança para a Moto2, para 2014. Em 2013, ele teve uma temporada honrosa marcada por uma grave lesão na perna. Sem mais vitórias, porém. Folger esteve frequentemente em contacto com o pódio, mas não teve aquele instinto assassino que lhe permite cortar a linha da frente.

Equipado com Kalex na AGR, teve dificuldade de adaptação à categoria. Às vezes no pódio, às vezes em 19º em sua primeira temporada. Uma irregularidade que até agora ainda não tinha sido notada nas estatísticas da Baviera. O ano de aprendizagem terminou de forma adequada, na décima quinta posição.

2015 começou com força. Jonas teve uma atuação XXL no Catar, onde derrotou Xavier Siméon. A sua primeira vitória na Moto2 veio no melhor momento. O desempenho foi repetido três corridas depois em Jerez. No final de uma corrida louca, ele conseguiu escapar da armadilha de Zarco para vencer.

Jonas Folger e Lorenzo Baldassarri na Catalunha em 2015. Foto: alberto-g-rovi

Estas lindas atuações poderiam então tê-lo feito disputar o título, não fosse o seu equipamento por um lado, mas também a sua irregularidade. Na temporada seguinte, a mesma observação. O alemão é o mais irregular possível, capaz de vencer corridas mas também de ficar fora dos pontos.

Dito isto, o seu talento já não precisa de ser demonstrado. Tech3 decide apostar nele como segundo piloto para 2017. Ao lado João Zarco, ele terá que tentar encontrar um lugar para si. Mas algo está acontecendo fora do campo de visão das câmeras. A forma do discreto bávaro é como se estivesse preso. Ninguém sabe ainda, mas ele se prepara para viver seus últimos momentos no Grande Prêmio.

No início de 2017, a comparação com Johann Zarco dói. O francês continuou com boas atuações, enquanto Folger lutou um pouco mais atrás. Foto de : Rhysgedwards23

Folger fica emocionado, desde 2011 de acordo com suas declarações, por uma doença, caracterizada por imenso cansaço muscular e mental. Se os especialistas inicialmente acreditaram que era a febre glandular de Pfeiffer ou o vírus Epstein-Barr, acabou por ser a síndrome de Guilbert (doença genética crónica).

Todo esse tempo ele estava lutando. Isso pesou muito na cabeça do alemão, que também falou em “burn-out”. Um oponente adicional para vencer. Uma luta tão importante quanto na pista. Apesar de tudo, ele inicia a temporada 2017.

Se ele não brilhou, como seu companheiro de equipe, alcançou resultados entre os 10 primeiros com bastante frequência até este famoso Grande Prêmio da Alemanha. Jonas tinha Sachsenring no alto do coração. Ele conhece cada canto e recanto, desde os dias da copa minibike ADAC.

Sachsenring e Folger… Uma longa história de amor. Foto de : Olaf Just

Este momento foi atemporal para ele. Aqueles que têm sorte vivenciam esse tipo de momento uma vez na vida. Embora não tenha conseguido alcançar o dono da posição Marc Márquez, cruzou a linha na segunda posição, sob aplausos do público.

Ninguém suspeitava do mal profundo que ele mantinha em segredo. No pódio, tudo isso foi esquecido. Um grande momento, para ele e para todos os fãs do MotoGP, sem dúvida. Depois dessa façanha, tudo mudou. Esconder esse cansaço, esse aumento de estresse estava simplesmente se tornando impossível. No meio da temporada de 2017, Jonas decidiu interromper o motociclismo.

Para aproveitar o tempo. Quando os médicos lhe disseram que ele precisava de um a dois anos de descanso, ele respondeu que teria que correr em duas semanas. Uma situação simplesmente insustentável. Após este evento, cortina. O mistério completo.

Hoje tudo está muito melhor. Jonas tenta combater seus sintomas da melhor maneira possível e com sucesso. Na verdade, depois de passagens pela Moto2 no ano passado, mas também pela IDM e pela FSBK, ele irá competir em Superbike no próximo ano, num BMW S1000RR preparado pela Bonovo Action/MGM racing. Como não desejar toda felicidade do mundo para um guerreiro desse tipo? Um verdadeiro exemplo para todos os jovens atletas, que um dia querem realizar os seus maiores sonhos.

Foto da capa: Michelin Motorsport

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